segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dormir? como assim?



Nessa incessante corrida contra o tempo, não há quem não tenha, entre os maiores sonhos de consumo, uma boa e reparadora noite de sono. Que o diga o publicitário Rodrigo Zannin, 24 anos. “Infelizmente não durmo porque gosto, e sim porque preciso. Me habituei a viver bem, sem cansaço, com seis horas de sono por noite”, afirma.

Rodrigo diz que tudo fica muito corrido, se considerar o tempo que passa no trânsito, trabalho, reuniões com as bandas [ele é produtor/empresário da banda Flaming Moe e vocalista da Lazy Dog, de São Paulo, ambas de rock independente], ensaios, shows, divulgação, lazer, entre outros. “Se alguma dessas partes não sai como o previsto, é preciso ter jogo de cintura pra não perder a calma. Finais de semana são lotados e o lazer entra nos intervalos. A única coisa de que faço questão é acordar bem tarde no sábado e no domingo. É quando eu recarrego a bateria”, comenta.

A falta de tempo até para dormir é uma constante. Porém, o neurologista Luciano Pinto Ribeiro Junior, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo [Unifesp], chama a atenção para o fato de que a privação crônica de sono pode comprometer diversas funções físicas e mentais. “Se a falta de boas horas de sono virar um hábito, pode haver queda na imunidade, na concentração, na atenção e na memória, comprometimento do aprendizado e até da secreção de hormônios, como o do crescimento”, enumera. Pessoas que dormem pouco têm, ainda, maior tendência à obesidade e ao envelhecimento precoce.

A quantidade de horas, segundo o médico, é uma característica individual. “Em média as pessoas precisam de oito horas de sono. Entretanto, quem trabalha demais tende a repor as horas perdidas de sono nos finais de semana. O correto é procurar atender às necessidades do nosso organismo, dormindo uma quantidade de horas adequada todas as noites”, recomenda.


Você acabou de ler trecho de uma entrevista feita com a Dra Olga Inês Tessari

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