Por: Carollaine Graciotto
Assumir um papel profissional para garantir sustento econômico, não é a única razão que leva o jovem adulto a assumir esse papel. Ter satisfação e trabalhar com algo que lhe proporciona prazer e felicidade, também é um ingrediente que faz homens e mulheres buscarem ingressar na carreira profissional.
A experiência profissional entre jovens adultos se dá por uma série de estágios, ou seja, uma visão seqüencial profissional. Primeiramente ocorre a tentativa, ou o estágio de estabelecimento, que ocorre comumente entre 20 e 30 anos de idade, sendo assim, o início da vida adulta.
Nesse período o jovem adulto está iniciando em uma carreira profissional, e, está decidindo que trabalho gostaria de exercer dentre tantas opções que lhe é ofertada. Nesse estágio mais inicial em que o jovem está se inserindo no mercado de trabalho ou em que ele já esteja trabalhando, é imprescindível passar pelas etapas iniciais, conhecer o assunto e na medida em que dominar as habilidades necessárias, subir na escala profissional.
No estágio de estabilização, que se dá por volta dos 30 aos 45 anos, quando já se tem escolhido uma ocupação e aprendido seus segredos, o adulto profissional foca alcançar suas expirações e metas estabelecidas para si. Durante esse período é que ocorrem as promoções e é alcançado o máximo na profissão.
INICIANDO UMA ESCOLHA
Passamos cerca de 30 anos trabalhando. Por essa razão é que a escolha de uma carreira é crucial na vida daqueles que estão iniciando essa jornada. É imensa a quantidade de fatores que influenciam o jovem na escolha do trabalho que irá desempenhar. Analisando rapidamente alguns desses fatores, temos a influencia da família, educação e inteligência, sexo e, personalidade.
A família tende a influenciar o jovem na escolha de sua carreira, de modo que esse venha a escolher profissões que se situam no mesmo nível da classe social se seus pais. Sendo assim, pais que valorizam conquistas acadêmicas, geralmente têm seus filhos freqüentando uma faculdade e optando em ser profissional liberal. Em famílias de operários, valoriza-se às conquistas de seus filhos ocupando um emprego de classe média.
Educação e inteligência, também fazem parte dos fatores que influenciam na escolha de um trabalho especifico, além de acarretar em seu sucesso ao longo do acontecimento da mesma. A inteligência tem efeitos diretos na escolha profissional e seu sucesso. Assim como estudantes mais brilhantes tem maior probabilidade de serem profissionais liberais ou técnicos, e profissionais com alto nível de inteligência são mais propensos a progredir, mesmo que comecem por um baixo cargo.
A escolha de uma determinada carreira, ainda é influenciada pelo sexo. Existem os chamados “trabalho para homem” e o “trabalho pra mulher” desempenhado conforme a definição de seus papeis. Os homens têm mais status, maiores salários e cargos mais elevados, normalmente desempenham trabalhos de níveis técnicos ou profissionais liberais. As mulheres se concentram na ocupação de cargos de prestação de serviços, com status mais baixo e salário mais reduzido (Betz & Fitzgerald, 1987. in Helen Bee, 1997, p.429). Esses valores culturais são passados para as crianças desde cedo, não causando surpresa na opção desses jovens ao escolherem cargos que se adaptam na denominação desses papeis sexuais.
Uma das influencias importantes na escolha da ocupação é a personalidade. Quando nossa escolha profissional combina com a nossa personalidade, a probabilidade de se obter sucesso é muito grande. Pessoas cuja personalidade combina com seu trabalho demonstram mais satisfação profissional (Assouline & Meir, 1987, in Helen bee, 1997, p.429). É possível obter sucesso profissional mesmo quando sua escolha pouco combine com sua personalidade, porém, a chance de satisfação é bem reduzida, ou seja menos feliz a longo prazo.
TRABALHO E SATISFAÇÃO
No inicio da vida adulta, conforme demonstram alguns estudos, o nível de satisfação profissional é muito baixo, mas aumenta ininterruptamente com o passar dos anos até chegar à aposentadoria (Glenn & Wearver, 1985, in Helen Bee, 1997, p. 430).
O domínio do trabalho, é uma das causas de satisfação dos trabalhadores mais velhos, pois tem mais segurança no emprego, com mais autoridade e salários melhores. Outra explicação para o aumento de satisfação na meia idade, seria, o de que a pessoa já permeou por vários trabalhos que foram descartados, e, agora exercem uma ocupação que combine com eles (White & Spector, 1987, in Helen Bee, 1997, p.431).
Helen Bee também destaca a importância de ter um mentor na vida profissional. A autora também destaca a importância de se ter uma formação acadêmica como grande diferença, mesmo quando a capacidade intelectual do trabalhador seja controlada, esse tende a progredir mais e mais rapidamente. Segundo Helen, as promoções ocorrem mais cedo associadas a uma maior progressão ao longo do trajeto.
TRABALHO FEMININO
Mulheres que têm uma profissão fora de casa, geralmente mostram-se mais satisfeitas com suas vidas e fisicamente mais saudáveis. Essa satisfação da mulher em relação ao seu trabalho, aumenta com a idade e com o domínio do mesmo.
A jovem que tem maior grau de instrução, maior sua probabilidade de trabalhar. No entanto, na maioria das vezes, a mulher no inicio da vida adulta não mantém um trabalho continuo, devido o seu papel como esposa e mãe. Essas, também apresentam conflitos por causa da representação do seu papel, na maioria das vezes muito mais árduos do que do homem, acarretando assim, uma carga horária de trabalho (profissional/doméstico), e não fazendo separação de suas funções mãe/esposa/profissional.
Enfim, a preparação pela busca da escolha de uma carreira profissional bem sucedida, começa na adolescência com o vestibular e continua no início da vida adulta, se prolongando, quem sabe, até a aposentadoria. Buscar a satisfação profissional é um objetivo que almejamos por toda nossa vida de trabalho.
REFENCIA BIBLIOGRÁFICA
BEE, Hellen. O ciclo vital. Trad.Regina Garcez. – Porto Alegre; Artmed, 1997. cap14. p.427-437.
BEE, Hellen. O ciclo vital. Trad.Regina Garcez. – Porto Alegre; Artmed, 1997. cap14. p.427-437.
Nenhum comentário:
Postar um comentário